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  • Hélio Couto

O Poder de soltar VIII


É evidente que na vida pratica a vivência do paradigma não-real (negação do Todo) implica em ir contra tudo que é real. Desta forma é muito difícil viver num mundo em que a realidade do Todo é negada. E tudo que o Todo quer que seja vivido seja negado. É um mundo que vai contra tudo que trará felicidade, prosperidade, abundância, etc. Tudo que é Bom é negado. É a verdadeira Matrix em andamento. Ao longo da história temos infinitos exemplos da aplicação deste paradigma não-real. Com todas as mazelas ocorridas em decorrência. Viver no não-real é absolutamente não viver.


Está claro que o paradigma não-real vai contra tudo que seria a vida real. As palavras são uma coisa e os fatos outra. Sobreviver significa jogar o jogo do não-real. Quando isso não é feito a própria sobrevivência está em risco. Apesar de que mesmo jogando o jogo a sobrevivência está em risco. Mas, o paradigma não-real não deixa alternativas. Ou ele é aceito ou a rejeição é considerada um risco inaceitável pelo paradigma não-real. Desta forma durante todo o tempo existem procedimentos que todos devem cumprir para mostrar que estão dentro do paradigma não-real. A vida na prática está permeada destes procedimentos diários de confirmação do paradigma não-real.


As ideias são introduzidas em todos que participam do paradigma não-real. Até o ponto em que são introjetadas e passam a fazer parte intrínseca da visão de mundo. Desta forma não é necessária nenhuma intervenção externa. Acredita-se nas próprias ideias introjetadas. Esta é a perfeição do paradigma não-real. Passa-se a acreditar que o não-real é real. Todas essas ideias reunidas formam um conjunto de sustentação do paradigma não-real. É por esta razão que soltar é tão difícil de entender e aplicar. Soltar está completamente fora do paradigma não-real. Para que o paradigma não-real possa funcionar perfeitamente é preciso não soltar. A solidez do conjunto está garantida quando o não soltar prevalece. Qualquer ideia que mostre que o soltar é o correto é banida como heresia e deve ser suprimida de todas as formas. A simples aceitação do soltar implica numa implosão do paradigma. Sendo assim o soltar nunca será aceito pelo paradigma não-real. Por isso o soltar tem de ser algo interno.


As ideias primordiais de Platão fazem parte do paradigma real. As ideias do paradigma não-real criam um mundo não-real. A caverna de Platão. O mundo que está diante dos seus olhos, mas que não é real. Essas ideias fazem o paradigma não-real afastar-se cada vez mais do real. E esta é exatamente a função das ideias. Desta forma o real desaparece da visão de mundo e um mundo de aparência surge em seu lugar.


Hélio Couto

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