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  • Hélio Couto

O Poder de Soltar XVI


A divulgação do paradigma não-real (contrário ao Todo) é onipresente, embora quase ninguém perceba isso. É uma coisa que passa desapercebida e este é o objetivo na prática. Há uma incorporação inconsciente deste paradigma. Que está introjetado passando a parecer a coisa mais normal do mundo. Desta forma tudo parece normal. Fazendo desta forma a participação da maioria se torna a normalidade. Cria um sentimento de fazer parte de algo; exatamente como o instinto gregário faz. A individualidade está comprometida, mas isso não parece importar. Desta forma a aparente solidez do paradigma é mantida pelo instinto gregário. Existe um fio sutil ligando todos que participam da manutenção do paradigma. Isso cria uma situação em que caso uma pessoa pense em pensar diferente do paradigma sente como se isso fosse contra seus próprios interesses! Nesse ponto a dissonância cognitiva é tamanha que até a própria pessoa não percebe que está fazendo isso.



Desta forma o paradigma não-real enredou a todos que consentem com esta visão de mundo. É somente uma questão de grau a que ponto a auto dissonância cognitiva chegou. Quando chega neste ponto a possibilidade de soltar é quase nula. Já que nem se consegue perceber o que é soltar. O soltar passa a ser uma coisa anormal e contrário aos próprios interesses do ser. É uma filosofia de vida ser contrário ao Todo. Cada nó desta rede imensa faz parte da sustentação da rede.



O fato de que tal paradigma possa existir é uma coisa que está descrita em toda a história da humanidade. Desde os primórdios esse paradigma foi considerado normal e aceito pela maioria. É por esta razão que é tão fácil a duplicação deste tipo de coisa em qualquer lugar da Terra. Na verdade, a história é esta em todos os lugares com raríssimas exceções. O “normal” é o paradigma não-real. A tal ponto que qualquer explicação de que isso não é normal não é entendida. O instinto gregário permite que isso aconteça. Evidentemente que isso é uma distorção, mas na prática é o que aconteceu. Quando a voz interior que procura o melhor em todos os aspectos emana uma luz de compreensão para que se entenda o soltar e o paradigma real, há uma reação imediata contrária. Isso pode ser facilmente visto numa interpretação de texto que fale sobre o soltar. A distorção acontece imediatamente impedindo que se entenda exatamente o que está dito.



Existe dentro de cada ser uma força inata que procura a felicidade autentica custe o que custar. Porém, também existe uma contra força que distorciona e procura fazer com que seja normal agir de forma contrária. São as racionalizações que criam argumentos em favor do não-real. Isto implica num conflito interno que traz psicossomatizações inevitáveis. A opção pelo real ou não-real tem de ser feita de qualquer forma. A racionalização disto em larga escala levará ao “deserto do real”.




Hélio Couto

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